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O Golfo Pérsico é um mercado em crescimento

O Golfo Pérsico é um mercado que ainda está a crescer, quer pelo aumento da população quer pelo desenvolvimento que regista. É uma região do mundo onde há enormes possibilidades de desenvolvimento de parcerias. Esta foi a principal mensagem deixada por Ângelo Correia, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Árabe- Portuguesa (CCIAP), no jantar-conferência que a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria, organizou na última sexta-feira, em Porto de Mós e que contou com a presença de vários empresários e autarcas da Região de Leiria.

O presidente da CCIAP não deixou, no entanto, de chamar a atenção dos empresários presentes para aspectos muito específicos daquele mercado. Trata-se de países economicamente liberais, com excepção do Iémen e da Síria, mas com uma cultura muito diferente da ocidental. “Temos de perceber culturalmente aquela região se queremos lá entrar”, afirma Ângelo Correia.

Objectividade, informação exacta sobre as condições dos concorrentes naquele mercado, garantia da palavra e da honra e persistência são algumas das condições para entrar neste mercado. Além disso, ir para aqueles mercados não significa só fazer negócios, é também necessário perceber o mundo deles já que não vale a pena “ir lá vender o que temos. Temos de ir lá, ver o que eles querem e produzir”.

Segundo Ângelo Correia estes países têm necessidade de produzir cerâmicas de revestimentos e têm boas condições para o fazer já que têm energia barata e matérias-primas em abundância. Louça, faiança, vidro, cristal, mobiliário são alguns dos produtos que constituem a fileira hoteleira passíveis de exportação para aqueles mercados. No entanto, o presidente da CCIAP alerta que se deve apostar na exportação de produtos de elevado valor acrescentado uma vez que, para este mercado, o custo de transporte é significativo.
Formas de abordar este mercado “existem várias e é preciso agarrar todas”, diz Ângelo Correia. Como ponto de partida sugere a participação em duas ou três feiras. Aos empresários interessados deixa a disponibilidade da CCIAP como “ponte de diálogo com os países Árabes”.

Ponte de diálogo da qual a NERLEI passou também a fazer parte neste mesmo dia na sequência da assinatura de um protocolo com a CCIAP que prevê a colaboração estreita entre as duas entidades quer ao nível da informação, quer ao nível da dinamização de actividades relacionadas com os mercados árabes.

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