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NERLEI quer que EDP explique cortes de energia e informe sobre as medidas que pretende tomar

Após os prolongados cortes de energia que ocorreram no último fim-de-semana (4 e 5 de Dezembro) um pouco por todo o distrito, que mais uma vez provocaram avultados prejuízos à economia da região, a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria vai pedir, com carácter de urgência, uma reunião à administração da EDP.

Nesta reunião a Associação pretende que a principal distribuidora de energia eléctrica e proprietária das infra-estruturas de distribuição explique, concretamente, porque voltou a acontecer esta situação, que investimentos foram realizados para acautelar este problema, que já vem de anos anteriores, e que medidas vai tomar para que não volte a acontecer.

Fruto do trabalho que a NERLEI tem desenvolvido durante este ano, com o objectivo de minimizar os problemas resultantes dos cortes de energia para a economia da região, e na sequência das falhas eléctricas do fim-de-semana, a Associação recebeu várias queixas de empresas associadas. Face a isto, foram desenvolvidos contactos com os autarcas dos concelhos mais afectados, no sentido de perceber o alcance do problema, e foi também solicitada informação à EDP, através do director da Área de Rede Litoral Centro, sobre o plano de investimentos para a região com indicação concreta dos que já foram efectuados este ano e dos que estão previstos para o futuro, informação que se aguarda.

Recorde-se que em Janeiro deste ano a NERLEI realizou um inquérito aos seus associados e às 250 maiores empresas do distrito, que teve como principal conclusão que "o fornecimento de energia eléctrica é deficiente e influencia negativamente a competitividade das empresas do distrito". Na sequência destes resultados a Associação reuniu com a administração da EDP Distribuição no sentido de os alertar e sensibilizar para a necessidade de tomar medidas que evitassem situações de cortes.

Foi prometido que esses investimentos iriam ser realizados e estabeleceu-se um canal de comunicação entre a EDP e a NERLEI que tem vindo a resolver alguns problemas pontuais. O actual contexto obriga a uma atitude convergente e forte, no sentido de fazer com que a EDP cumpra os seus compromissos com a Região.

Não valerão a pena os subsídios concedidos às empresas, nem as palavras de incentivo do Governo, se as empresas, o sector empresarial do Estado e as que lhe são afins, não se modernizarem e não forem responsabilizadas pelo que não fazem, sabendo-se que essa atitude, resulta em boa parte, da falta de objectiva concorrência que os agentes económicos e os cidadãos reclamam.

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