Na sequência do protocolo assinado no passado dia 25 de julho entre a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e a Câmara Municipal de Alcobaça, a NERLEI passa a dispor de um espaço para atendimento localizado no Parque de Negócios da Cidade de Alcobaça.
O objetivo é que seja assegurada a presença, "em regra semanal" de um técnico da NERLEI que possa "prestar adequada informação, apoio técnico e de consultoria, designadamente nas áreas da formação e da instrução de projetos para efeito de apresentação de candidaturas e financiamento comunitário".
Este protocolo de colaboração surge a propósito da recente implantação do Complexo do Parque de Negócios da Cidade de Alcobaça "equipamento municipal que possibilita a disponibilização de um espaço infraestruturado e dotado de serviços tendo em vista, por um lado propiciar a viabilização de projetos de negócios de forma a poderem ser constituídas empresas rentáveis, por outro acolher iniciativas de investimentos empresariais potenciadores de inovação, desenvolvimento económico e criação de emprego" no concelho.
"O historial e a atividade desenvolvida" pela NERLEI "no âmbito da promoção do desenvolvimento das atividades económicas no distrito de Leiria" motivaram o convite da autarquia para firmar este protocolo.
Jantar-conferência com Mira Amaral
A seguir à assinatura do protocolo realizou-se, também em Alcobaça, um jantar-conferência que reuniu cerca de uma centena de participantes. O orador convidado foi Luís Mira Amaral.
Falando da situação atual do país, o antigo Ministro da Indústria e Energia referiu que "não tivemos sensibilidade para a economia real, não houve um contrapeso da Economia para com as Finanças". E agora, "o grande problema é a reforma do Estado que não foi feita".
Defendendo que a "despesa pública primária devia ser reduzida em 30 por cento em oito anos", Mira Amaral alertou que o "ajustamento económico que foi feito foi de má qualidade pois aumentou mais a receita do que diminuiu a despesa, e esta foi sobretudo feita à custa da redução de pensões e de salários da função pública". Por isso, não tem dúvidas em afirmar que "vamos passar anos difíceis em que vamos precisar de ajuda da UE e da Alemanha".