O Ministro da Economia e Inovação (MEI), Álvaro Santos Pereira, escolheu a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria para realizar, no dia 25 de janeiro, uma das reuniões de trabalho, designadas Encontros com os Sectores, que o MEI está a promover no âmbito da definição da Estratégia para a Reindustrialização.

Considerada "um dos pilares da agenda de crescimento sustentável para o País, perspectivando uma política a médio e a longo prazo", o Governo pretende ouvir as várias partes envolvidas na indústria em Portugal com o objetivo de recolher contributos para a definição da Estratégia para a Reindustrialização.

Os convidados deste Encontro com os Sectores foram entidades (associações empresariais, centros e pólos tecnológicos e universidades) e empresas ligadas ao Cluster Habitat.

Na reunião foram sobretudo abordados alguns dos constrangimentos que existem e que dificultam a competitividade das indústrias, nomeadamente: custos da energia, sobretudo do gás natural; custos de transportes nas exportações, que em Portugal ainda não são competitivos face, por exemplo, aos portos espanhóis; a questão dos licenciamentos industriais, que dificultam a competitividade; a proteção de patentes em Portugal, que tem de defender o conhecimento português.
A questão do financiamento da economia também foi falada, com o MEI a lançar o repto aos participantes de adiantarem "Que apoios à economia deve haver agora?". Em resposta foi deixada a ideia que os apoios ao investimento existem, mas que os fundos têm de ser disponibilizados atempadamente.

Presente na reunião, Jorge Santos, presidente da NERLEI, que também representou a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), dado que a NERLEI pertence ao Conselho Geral da CIP, deixou ao Ministro a total "concordância com este projeto" e a disponibilidade "para apoiar o Ministério em tudo o que considerarem necessário para definir e para apoiar a implantação no terreno da estratégia que venha a ser definida para o fortalecimento da indústria no nosso País".

Jorge Santos falou ainda da questão do financiamento das empresas, e do facto de a NERLEI estar a procurar desenvolver produtos inovadores nesta área para os seus associados; e ainda deixou, mais uma vez, o alerta sobre o pagamento de licenças em duplicado (às autarquias e às Estradas de Portugal) de publicidade em estradas nacionais pelas empresas.