No âmbito de uma consulta efetuada aos seus Associados, onde foram ouvidas 61 de empresas, que representam um volume de negócios de 255 milhões de euros e 3139 colaboradores, a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria constata que 90% das empresas mantêm a sua atividade, sendo de destacar, que 7% reconverteram a produção para novos produtos.
Cerca de 60% das empresas são do sector industrial e referem que se mantêm em atividade porque estão a dar resposta a encomendas que já tinham em carteira. Contudo, alertam que, caso a situação se prolongue, poderão vir a ter quebras na atividade daqui a um ou dois meses, altura em que vão necessitar de recorrer a lay-off, esperando que o regime, que agora vigora, se prolongue.
Dos 10% das empresas que encerraram atividade temporariamente, apenas uma não recorreu ao lay-off simplificado.
Nos contactos que a NERLEI estabeleceu os problemas mais referidos pelas empresas foram: adiamento de encomendas; quebras de faturação; incerteza, dado o carácter global da crise.
De destacar que na generalidade as empresas reportam quebras, no volume de negócios, entre 40% a 50% e explicam que, apesar de ainda não terem encerrado, se esta situação se prolongar a sua sustentabilidade ficará em risco.
Esta consulta aos Associados integra-se num conjunto mais alargado de medidas e ações de apoio que a NERLEI tem vindo a garantir aos seus Associados, em particular, e a todo o tecido empresarial e sociedade da região de Leiria, em geral, nomeadamente:
- a disponibilização de uma linha direta para esclarecimento de questões relacionadas com o acesso às medidas de apoio lançadas pelo Governo;
- concretização da reivindicação de medidas a adotar para apoio às empresas, junto de várias entidades (Governo, IAPMEI, CCDRCentro) em articulação com a CIP, de que destacamos: necessidade de aceleração dos prazos de reembolso de IVA; ajustamento dos prazos para cumprir os investimentos relativos aos projetos de investimento PT2020 e alteração das condições de avaliação do alcance das metas; fomentar a manutenção dos postos de trabalho, através da redução expressiva das contribuições para a Segurança Social, entre outras entretanto adotadas;
- agilização dos pedidos de pagamento, às entidades gestoras, e de reembolso, às empresas, das verbas relativas aos apoios no âmbito dos projetos financiados pelo Portugal 2020, de forma a apoiar a tesouraria das empresas;
- envolvimento em várias campanhas de solidariedade, em parceria com várias entidades da região (CEFAMOL, APIP, ARICOP, ACILIS, CENTIMFE e o Politécnico de Leiria) com vista à recolha de equipamentos de proteção individual (EPI), e de fundos que possam ser utilizados para possibilitar a produção dos mesmos, com o objetivo de os distribuir gratuitamente juntos das entidades que, nesta fase, mais necessitam deles, nomeadamente, hospital, centros de saúde, forças de segurança, bombeiros, lares, etc.