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Greve dos trabalhadores portuários causa graves prejuízos às empresas da região

Apesar de só ter começado a 20 de abril

 

Apesar de só ter começado no passado dia 20 de abril, a greve dos trabalhadores portuários, ao trabalho suplementar em qualquer navio ou terminal, que exercem a sua atividade profissional na área do Porto de Lisboa e também nos portos de Setúbal e da Figueira da Foz, já está a afetar gravemente as empresas da região, causando avultados prejuízos.

Desde situações em que empresas que iriam expedir mercadoria por via marítima terão de o fazer via aérea com custos acrescidos; a outras em que contentores vindos do exterior estão desalfandegados, já deviam ter sido entregues mas que estão bloqueados. Por isso, não aceitamos que as empresas possam estar sujeitas a incorrer em custos por atingir os dias estipulados para estacionamento. Há situações inclusive de empresas que estão com a sua atividade condicionada e outras que estão a redirecionar as suas importações/exportações para outros portos, como Sines ou Leixões.

Considerando que se fala que esta greve poderá durar até dia 12 de maio, quase três semanas, a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria considera esta situação inaceitável pelo forte impacto negativo que tem nas empresas, pondo em causa o aumento das exportações e a competitividade e crescimento da economia nacional. A NERLEI considera que o Governo não pode ceder a este tipo de chantagem de uma classe profissional, que com a sua atuação está a por em causa o emprego de muitos outros trabalhadores.

A Direção da NERLEI realça ainda que a resolução deste conflito nunca poderá passar pelo agravamento da fatura portuária, suportada pelo sector transacionável da nossa economia, mas sim por um aumento da produtividade e eficiência dos portos nacionais.

 

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