O anúncio público do estudo adjudicado à NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria e ao Instituto Politécnico de Leiria sobre "A Influência da Alta Velocidade (AV) na Região de Leiria" foi uma das principais novidades surgidas na reunião do Conselho Empresarial da Região de Leiria (CERL), que decorreu na última sexta-feira, dia 26 de Fevereiro.
Órgão consultivo da NERLEI para questões estratégicas ligadas ao desenvolvimento regional, o CERL tinha como objectivo nesta reunião perceber o ponto de situação e os projectos para o distrito ligados às infra-estruturas de transportes, nomeadamente as rodoviárias, ferroviárias e aeroportuárias.
No que respeita aos transportes ferroviários, foi ainda adiantando por Carlos Fernandes, administrador da RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade, SA), que a 22 de Março serão apresentadas as primeiras conclusões do estudo que a NERLEI e o IPL estão a realizar a nível regional, nomeadamente no que respeita aos resultados dos "casos de estudo de cidades comparáveis". Respondendo a questões levantadas pela assistência este responsável da RAVE garantiu ainda que "está a ser preparado um plano de investimento na Linha do Oeste que passa por a incrementar e não por a transformar em AV, isso não é possível. Vamos antes articulá-la com a linha de AV".
Confessando que "dificilmente encontramos uma região tão dinâmica" como da de Leiria, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, adiantou que os investimentos públicos que o Governo vai aqui fazer são uma resposta a esse dinamismo. O governante informou os presentes que estão "435 quilómetros de estradas em investimento na região, provavelmente o maior alguma vez feito no distrito de uma só vez". Paulo Campos destacou ainda que as rodovias em execução pretendem responder às duas realidades distintas existentes no distrito: uma zona que investe e arrisca e que o Governo quer acompanhar; e uma zona interior a quem o Governo quer mostrar que não vai esquecer.
Manuel Queiró, do Fórum Centro Portugal, que esteve presente nesta reunião do CERL para falar nas infra-estruturas aeroportuárias, adiantou que em breve o movimento irá divulgar a data em que as conclusões do estudo virão a público. Para este responsável, "essas conclusões deverão ter consequências. A nossa convicção é que a Rede Nacional de Aeroportos Internacionais vai passar de quatro para cinco". Manuel Queiró, afirma que não se entende que "Portugal tenha cinco regiões plano e que todas tenham um aeroporto internacional excepto a Região Centro, apesar de ser a que tem mais distritos e mais cidades médias.